As greves de servidores do Rio de Janeiros (Bombeiros e Profissionais da Educação) demonstra um novo folego das lutas proletários, num ramo não tanto tradicional da classe - o funcionalismo público.
Esta luta tem ganhado cada vez mais adesão e com isso mais espaço na mídia burguesa. E fazia tempo que greves no Rio de Janeiro eram esquecidas pelos jornalistas cariocas. A radicalização dos bombeiros e o apoio popular a estes fez com que a mídia fosse obrigada a rever sua posição para não perder a credulidade (ou credibilidade) da população.
Mas, e as esquerdas onde estão no meio desta luta? Pelo menos entre os profissionais de Educação aparecem as mesmas organizações de sempre: discutindo conjuntura e preparando seus aparelhos. O PT está mal das pernas no movimento, pois já passou a tempos a ser um partido da ordem burguesa e orgânico ao Estado Burguês; O PSTU e o Psol mantém-se na postura pseudo-radical, mas com as esperanças voltadas para o futuro crescimento partidário e quiça ganhos eleitorais. Não é atoa que a mídia disparou seu veneno burguês em entrevista com uma diretora do SEPE-RJ: criticando, hipocritamente, a pretensão eleitoral de dirigentes do sindicado ou dos partidos que ganham "publicidade" no atos sindicais.
No entanto há vários grupos e indivíduos autônomos que organizam a luta de modo não tradicional, uma verdadeira guerra digital, através de redes sociais na internet - inclusive recrutando novos grevistas e organizando atos. Mas, como não poderia deixar de ser a falta de organização leva somente a movimentos efêmeros sem grande possiblilidade de pensar a transformação a longo prazo.
O movimento sindical nunca foi e nem será um movimento para a transformação da sociedade, mas sim um espaço de reivindicação de melhores condições de vida dos proletários no sistema capitalista.
Os partidos de esquerda devem participar deste movimento, no entanto, com o cuidado de não achar que este espaço é revolucionário ou que é um aparelho para financiar campanhas eleitorais.
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