sexta-feira, 10 de julho de 2020
quarta-feira, 1 de julho de 2020
sábado, 28 de março de 2020
Revista Marginália
Já faz um tempo que abandonei este Blog, mas estou escrevendo periodicamente na Revista Marginália.
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sábado, 22 de junho de 2019
A Psicologia Social e a Pedagogia do Oprimido
Relançando o livro 10 anos depois.
De forma mais acessível.
Nestes 10 anos, mudaram muito minhas reflexões sobre o assunto, porém acho ótimo ressuscitar os debates em torno da obra de Paulo Freire. Na época o feedback foi bem menor que o esperado, mas recebi e-mails de pesquisadores de várias parte do Brasil.
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sábado, 11 de julho de 2015
Eu e o Marxismo Ortodoxo...

Sair do ensino público estadual e entrar em uma universidade
federal é um choque cultural. Pela primeira vez via a necessidade de estudar
para passar nas provas e fazer trabalhos com um nível de complexidade e
eruditismo jamais imaginado para quem mal tinha professores e nem tinha livros.
Mas, havia passado para o curso de História na UFF (passei
para a UERJ também, mas escolhi a de Niterói), para onde fui levado pela
conjuntura da vida: falta de professores de exatas, o que impossibilitava esta
área, pois também não consegui um pré-vestibular gratuito e me sentia idiota
por não conseguir aprender física, química e matemática sozinho; e uma
aproximação de uma militância política, tentativas de entrar no movimento estudantil
e na extinta esquerda do PT (idos 1996).
Iniciei a militância na UFF um pouco antes de iniciar os
estudos, ajudando colegas na eleição do DCE. Logo passei a ser assediado por
muitas correntes políticas, que queriam ganhar o novo estudante como
correligionário. Mas eu insisti por muito tempo me manter como independente,
apesar de filiado ao PT, pelo simples fato de não ter conhecimento o suficiente
para escolher uma corrente e aceitar um “centralismo democrático”.
Assim, me dei como tarefa, no recesso entre o primeiro ao
segundo semestre de 1997 (meu primeiro ano de UFF) ler a obra de Marx, não
tinha ideia do tamanho da tarefa. Não consegui ler tudo neste período, mas ao
ler as obras escolhidas, já havia me dado noção de que boa parte da militância de
esquerda não tinha passado perto daqueles textos.
A obra de Marx e Engels e o marxismo passaram a ser meu
maior interesse e objeto de estudo. E pela primeira vez, me vi como autodidata.
Pouco depois, entrei no GET-Marx (Grupo de Estudos e Trabalho sobre Marx e o
Marxismo, coordenado pela professora Virgínia Fontes). Muito bom, para iniciar
a prática do debate político-teórico.
Por ter conhecido o marxismo lendo a obra de Marx e Engels,
logo percebi que as minhas concepções políticas eram muito diferentes das
correntes políticas presentes no movimento estudantil. Stalinistas,
trotskistas, gramscianos, maoístas, reformistas e, em comum, a todos, nenhuma
referência a Marx. Na academia ainda era pior, mesmo estas correntes marxistas
eram minoria absoluta, e Marx era visto como ultrapassado ou démodé.
Quando optei fazer a monografia sobre História do Marxismo,
os professores de esquerda e ditos marxistas foram os primeiros a negarem
orientação. E manter-se como estudante de História marxista era muito penoso,
principalmente no debate historiográfico, as categorias marxistas sem suas
nuances gramscianas ou thompsonianas eram considerado heresia, e ainda o é.
As análises que tenho feito das produções acadêmicas ditas marxistas é que Marx só aparece em citações de citação (apud), sua obra virou apenas uma referência não lida, apenas usam seus intérpretes, sem conhecer a fonte original dos conceitos utilizados.
Marxismo ortodoxo, para a academia e os militantes de esquerda
tradicionais, virou sinônimo de estruturalismo, determinismo e iluminismo. Há
uma verdadeira caça às bruxas, onde liberais, fascistas, trotskistas, reformistas,
anarquistas, pós-modernos, movimentos de minorias, religiosos se unem em
combate a um inimigo comum: o marxismo.
Empunhando esta percepção autobiográfica, sei que serei alvo
de inúmeros ataques. Mas a luta que nos faz forte. O fato de ser atacado
constantemente, reforça as categorias marxista. E força os marxistas a
estudarem constantemente e analisar a realidade pelo olhar do materialismo
dialético.
quarta-feira, 18 de março de 2015
Moral e atualidade
Após muitos anos, resolvi publicar neste blog, pois o espaço nas redes sociais é muito pequeno para reflexões um pouco mais filosóficas. Assim fiz um esboço de um panfleto sobre a moral.
A questão moral sempre foi assunto da filosofia, porém,como marxista, parto do principio da construção social da moral. A moral é sim uma construção classista, sendo uma partícula da ideologia de nossa sociedade, logo, quando falamos de moral atualmente, falamos da moral burguesa.
A burguesia se construiu sobre o ataque ao moralismo medieval, ao mesmo tempo que ajudou a construir a moral protestante (puritanismo, etc.). As contradições são inerentes ao processo histórico.
Como reflexão divido a perspetiva moral de nossa sociedade entre as classes que a compõe.
Resumindo topicamente a posição da classes em relação a moral burguesa:
- Alta Burguesia: Amoral
- Pequena Burguesia: imoral
- Classe Média (parcela do proletariado abastada, que se identifica mais com os princíos da ideologia burguesa): Falso moralismo
- Proletariado: Moralismo (imposto ideologicamente ou coercivamente)
- Lumpemproletariado: imoral
Apesar da burguesia ser a propagadora da moral e criadora dos princípios sociais de nossa sociedade, ela se sente acima das leis e da moral que ela mesma criou. Por ter controle total sobre todas as instâncias de poder, não tem culpas morais e se abstêm de juízos de valor.
![]() |
Típica manifestação pequeno-burguesa |
A pequena burguesia aposta na imoralidade como meio de ascender socialmente. São os pequenos empresários, ongueiros e oportunistas empreendedores, que exploram o trabalho, corrompem os direitos e propagam o ódio. Apesar de terem um senso moral, que inclusive propagam em Igreja e Associações, agem corruptamente.
A classe média é uma parcela do proletariado que se corrompeu com cargos e remunerações mais altas, querem tornar-se pequenos-burgueses, porém tentam parecer moralmente superiores. São ignorante e puritanos, ao mesmo tempo que exalam o odor característico da imoralidade pequeno-burguesa. Foi está classe média que alimentou o nazismo, o fascismo e as ditaduras na América Latina. Apesar desta infame marca, muitos seres oriundos desta classe se tornam intelectuais, e por conta disso, por vezes rompem com as correntes ideológicas que os prendem a uma vida hipócrita e com uma capa moralista.
O proletariado, apesar de sua pobreza, é a única classe que permanece com os princípios morais, ainda que deteriorados. São ideologicamente amansados, pacíficos, trabalhadores, solícitos e solidários até com seus algozes. Quando se sentem ameaçados seja pela fome ou pela violência, como qualquer animal, reagem violentamente, aí a ideologia cede lugar à coerção dos aparelhos policiais. O proletariado é contido e sem se livrar da ideologia burguesa permanece ordeiro e produtivo.
Mas a miséria e a ideologia fazem alguns proletários cair em outra classe: o lumpemproletariado. O "lumpen" é camada putrefata da sociedade, são os proletários que castigados pela vida perdem os padrões morais e se tornam tão imorais quanto os pequeno-burgueses. Vendem o próprio corpo, roubam seus iguais, matam por dinheiro. São os mercenários, policiais, guardas municipais, traficantes, prostitutas, mendigos, punguistas, assaltantes, capitães do mato modernos.
A alta burguesia não se mistura com o povo (conceito que engloba várias classes, com intuito de formar ideologicamente uma identidade entre as classes que não estão no poder), o papel de trazer a massa para ideologia burguesa fica para os intelectuais pequenos burgueses e de "classe média" que se identificam com ela. Neste processo pode ocorrer movimentos de massa, onde o lumpemproletariado é usado exaustivamente e uma parcela do proletariado mais ideologicamente engajado ao lado dos seus algozes promovem o ódio contra aqueles que desequilibram a balança ideológica da burguesia.
As manifestações do dia 15 só foram um exemplo de movimento de massa ideologicamente ligado à complexa ideologia burguesa, onde parte da grande burguesia apoia os pequeno-burgueses para guiar a classe média, o lumpen e parcelas mais alienadas do proletariado a defender a moral burguesa contra possíveis desvios para uma nova moral (talvez uma moral mais proletária).
Como se pode notar o marxismo não só dá ferramentas para entender a lógica econômica
do capital, mas todo o processo ideológico e político que envolve o domínio burguês da sociedade.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
A esquerda e a atual luta sindical no Rio de Janeiro
As greves de servidores do Rio de Janeiros (Bombeiros e Profissionais da Educação) demonstra um novo folego das lutas proletários, num ramo não tanto tradicional da classe - o funcionalismo público.
Esta luta tem ganhado cada vez mais adesão e com isso mais espaço na mídia burguesa. E fazia tempo que greves no Rio de Janeiro eram esquecidas pelos jornalistas cariocas. A radicalização dos bombeiros e o apoio popular a estes fez com que a mídia fosse obrigada a rever sua posição para não perder a credulidade (ou credibilidade) da população.
Mas, e as esquerdas onde estão no meio desta luta? Pelo menos entre os profissionais de Educação aparecem as mesmas organizações de sempre: discutindo conjuntura e preparando seus aparelhos. O PT está mal das pernas no movimento, pois já passou a tempos a ser um partido da ordem burguesa e orgânico ao Estado Burguês; O PSTU e o Psol mantém-se na postura pseudo-radical, mas com as esperanças voltadas para o futuro crescimento partidário e quiça ganhos eleitorais. Não é atoa que a mídia disparou seu veneno burguês em entrevista com uma diretora do SEPE-RJ: criticando, hipocritamente, a pretensão eleitoral de dirigentes do sindicado ou dos partidos que ganham "publicidade" no atos sindicais.
No entanto há vários grupos e indivíduos autônomos que organizam a luta de modo não tradicional, uma verdadeira guerra digital, através de redes sociais na internet - inclusive recrutando novos grevistas e organizando atos. Mas, como não poderia deixar de ser a falta de organização leva somente a movimentos efêmeros sem grande possiblilidade de pensar a transformação a longo prazo.
O movimento sindical nunca foi e nem será um movimento para a transformação da sociedade, mas sim um espaço de reivindicação de melhores condições de vida dos proletários no sistema capitalista.
Os partidos de esquerda devem participar deste movimento, no entanto, com o cuidado de não achar que este espaço é revolucionário ou que é um aparelho para financiar campanhas eleitorais.
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